segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Amores na infância

Cansado eu me acomodo na cama. Ao lado há um 'guarda-treco' que uso para todos os fins. Desta forma encontro um livrinho que costumava escrever coisas da minha infância, dos estudos, amigos e visão de mundo.
Hoje não tenho medo de dizer que meu primeiro amor carnal foi por uma menina da 2ª série chamada Renata. Lembro como se fosse hoje: Entrei na sala de aula e a vi com olhos azuis e camelos radiantes como o sol. Branquela e com um corpo normal de uma criança, fazia o estilo magra e mediana.
Não consegui pensar em muitas coisas se não em como seria minha vida quando a tivesse namorando esta garota. Depois comecei a pensar se ela realmente seria minha namorada pois tal como eu, ela pode ter criado uma vontade de 'casamento' com varios outros meninos da escola... Enfim, vontades a parte, no final do ano um garoto da mesma sala que eu 'brigou' com a minha pessoa por eu tentar sobressair mais que ele na hora do intervalo, claro que em benefício próprio. Não houve sequer um soco, apenas um olhar e uma breve tentativa de fazer o outro cair sobre as cadeiras da sala, como se ninguém tivesse empurrado. Foi tudo em vão. Naquele dia aprendi como o mundo realmente é.
Neste meu bloco de anotações tem muita coisa que referencia a Renata, um pouco do meu passado antes de conhecer a Renata também. Naquele tempo, tinha um amigo louco por futebol e uma menina que se chama Joyce, sempre morou em uma chácara desconhecida até meus 14 anos de idade. De nada adiantou, antes mesmo deu conhecer a Renata, a Joyce já estava me esquecendo pois mudei de escola e só fui reencontrá-la na 5ª série e em 5 anos tudo muda, as pessoas mudam e principalmente: Amizades. Sim, ela nem lembrava mais de mim e eu posso jurar que naquele tempo, na primeira série ou antes ainda, tínhamos uma relação tão legal que alguns outros estudantes até falaram que éramos namorado (naquele tempo, com essa idade, ninguém sabe ao certo o que é namorar), aí um dia na reunião ela me emprestou um teclado (instrumento) que ela tinha e isso marcou o símbolo de nossa amizade firmeza, mas acabou no ano seguinte que meus pais me colocaram em outra escola.
Hoje ambas são mães e eu ainda não sei se aquele 'ditado' popular que fala 'Homem pensa mais em sexo do que mulher' é verdade. Ambras tem a mesma idade que eu e já tem filhos. Sim, elas tem filhos e namoridos também. Descobri que não queria mais namorar com a Renata ainda na 5ª série e isso me ajudou muito, ela começou a fumar e a se envolver com pessoas que tinha dinheiro ou algo a fazia feliz, menos amor. A Joyce foi a pessoa que eu ainda botava fé até a 8ª série pois ela parecia ser mais guardada do que as outras pessoas e ainda era bonita (não tinha vícios, meu tamanho etc etc) mais tinha uma coisa: Ela estava na mesma que a Renata, só dava bola para os muléques riquinhos da cidade.... Hoje o pai do filho dela não é o cara mais rico da cidade, mais a família dele é batalhadora e tem nome regional (isso não significa que ele, filho desta família, é trabalhador nato).
Eu então estou aqui, relatando tudo isso só pra dizer que por algum motivo não quero ninguém rico, apenas minha felicidade da forma como ela tem que ser (da forma como Deus preparar hehe).

Muitos outros pensamentos na mente agora, mais eu vou ficar aqui pensando.

Um comentário:

Carina disse...

Eu acho meio engraçado e triste ao mesmo como as coisas mudam tanto em tão pouco tempo.

Que bom que vc nao quer ninguém rico, tem outras riquezas mais imortante que dinheiro...;D

beijão!